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O futuro passa pela Telemedicina

Vencer distâncias e atenuar as dificuldades que decorrem da limitação de meios e de recursos da saúde em diversas regiões do país, são motivos suficientes para acreditar que o futuro da saúde em Portugal passará também, necessariamente, pela Telemedicina.

A decisão política assim o indica, através do recente Despacho nº 3751/2013 de 6 de março, onde está explícito que “os serviços e estabelecimentos do SNS devem promover e garantir o fornecimento de serviços de Telemedicina aos utentes”.

No documento é oficializado o formato das teleconsultas a promover: teleconsultas em tempo real, teleconsultas em diferido e tele/rastreio dermatológico. O primeiro roteiro nacional de teleconsultas está já a ser desenvolvido nas Administrações Regionais de Saúde (ARS) do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Dermatologia, fisiatria, cardiologia, cardiologia pediátrica e pneumologia são as áreas de intervenção prioritária e que já estão em desenvolvimento.

Na área da dermatologia foi acordada a efetivação das teleconsultas a partir do Hospital de Santo António do Porto para 15 doentes/semana de todos os centros de saúde do Nordeste e também para 15 doentes/semana na ULSAM com o dermatologista do hospital de Viana do Castelo.

O mesmo acontece no Algarve onde estão a ser organizadas teleconsultas entre os centros de saúde da região e os hospitais de Portimão e Faro. Aliás, tanto o Algarve, como o Alentejo insistem na importância da telemedicina como meio para garantir cuidados de saúde às populações locais. Por exemplo, no Alentejo, em 2012 foram realizadas mais de 2000 consultas à distância. Este ano pretende-se aumentar este número, substituindo sempre que possível as consultas  presenciais por teleconsultas.

Ainda na dermatologia, a ULS de Matosinhos está a reorganizar os seus meios nas 13 Unidades de Saúde Familiar (USF) de forma a realizar teleconsultas com Tele/Dermatóscopia (Photo-Finer). Quanto à fisiatria, as teleconsultas serão usadas a partir da segunda consulta nas unidades de saúde do Nordeste Transmontano, do Alto Minho, do litoral alentejano e do barlavento e sotavento Algarvio.

Existe ainda o objetivo de, durante este ano, aumentar o número de teleconsultas na região do Alentejo.

O Rastreio Dermatológico é outra das apostas da telemedicina. A utilização deste método poderá reduzir em 50% o número de consultas dermatológicas. Já integram este projeto os dermatologistas da ULSAM, de Matosinhos, dos hospitais de Santo António e São João do Porto, de Gaia, de Évora, de Portimão e Faro, e do Hospital Universitário de Coimbra.

Para a implementação do projeto será necessária ainda a aquisição de material adequado, a elaboração de normas (NOC) pela Direção-Geral da Saúde e a implementação pela SPMS de algumas alterações na aplicação CTH (Consulta a Tempo e Horas), de forma a incorporar o pedido de consulta, imagens e agendamento de consultas presenciais ou de teleconsulta.

Na área de telemonitorização está a ser trabalhado um projeto piloto para assistência ao domicílio de utentes com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), que irá abranger os hospitais de Viana do Castelo, Coimbra, Covilhã, Elvas e Faro. Está ainda em desenvolvimento a melhoria dos serviços de videoconferência entre os cuidados primários e os hospitais.

Exemplo de sessão de teleformação entre o Hospital de Faro e as unidades de saúde do algarve

Para mais informações consulte a área reservada para o Grupo de Trabalho de Telemedicina no Portal da Saúde.

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Don Detmer esteve na SPMS para falar sobre TIC na saúde

O professor norte-americano Don Eugene Detmer, ex-reitor da Universidade da Virginia (EUA), professor na Universidade de Cambridge (RU) ) e antigo Presidente da AMIA (American Medical Informatics Association), de visita a Portugal a convite da Universidade Católica, visitou na segunda-feira (dia 27 de maio) as instalações da SPMS, EPE, onde aproveitou para falar sobre a experiência dos Estados Unidos na criação do Patient Healthcare Record (PHR) – Registo Eletrónico do Utente.

Foto de Don Eugene Dertmer

Don Detmer enfatizou o potencial que o desenvolvimento de novas tecnologias representa para a saúde, não só ao nível dos cuidados, mas também na área de investigação. Reconhecendo essa importância, os Estados Unidos da América reservaram 3 biliões de dólares para implementar o seu serviço nacional de saúde baseado na nova realidade tecnológica.  

O caso português, com desenvolvimentos ao nível da partilha de dados (PDS) e da desmaterialização eletrónica e com o facto de Portugal estar já a ser pioneiro em algumas áreas, mereceu elogios de Don Detmer.

Na sua breve passagem pela SPMS, onde falou com as equipas de programadores da empresa de Lisboa e Porto (videoconferência), este médico-cirurgião sublinhou ainda a necessidade de saber comunicar as alterações que estão a ser implementadas, para que se garanta a participação dos profissionais de saúde, investigadores e utentes no processo de mudança. Só assim será possível concretizar o conceito “do more for less” (fazer mais por menos).

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SICO atravessa o Tejo

O funcionamento do SICO (Sistema de Informação dos Certificados de Óbito) vai prosseguir em junho com o alargamento, em período experimental, para as regiões de Lisboa, Alentejo e Algarve.

No Despacho  nº 6705/2013 de 23 de maio é estipulado o novo calendário previsto para o alargamento do funcionamento do sistema nos hospitais e nos serviços da Delegação Sul do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

Considerado um “sucesso” pelo Ministério da Saúde, o novo sistema de registos electrónicos dos Certificados de Óbito tem, através da desmaterialização eletrónica, o objetivo de permitir maior qualidade na gestão de dados, eliminando exponencialmente o risco de falha.

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SPMS inicia processo de aquisição centralizada para comunicações e equipamentos informáticos

A SPMS, EPE, no exercício das suas atribuições de Unidade Ministerial de Compras para a área da saúde, deu início ao processo de agregação de necessidades tendente à aquisição centralizada de bens e serviços constantes da lista anexa à Portaria nº 87/2013.

Cumprindo o calendário estabelecido na Circular Informativa Conjunta com a Secretaria-Geral do Ministério da Saúde (SG), a SPMS solicita às instituições do Serviço Nacional de Saúde e às entidades do Ministério da Saúde, o levantamento das necessidades para 2013 (cópia, impressão e equipamento informático) e para 2014 (Comunicações de Voz e Dados em Local Fixo e Serviço Móvel Terrestre), de forma a avançar com o procedimento aquisitivo. As entidades vinculadas ao Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP) estão obrigadas a associar-se à agregação.

Quanto às restantes instituições, embora a agregação seja facultativa, a SPMS aconselha a adesão ao SNCP e a associação aos processos de compra centralizada, por forma a beneficiarem das poupanças previstas. As entidades deverão remeter para o endereço de correio eletrónico ticadm@spms.min-saude.pt , os ficheiros de agregação devidamente preenchidos, bem como a demais informação necessária:  

Agregação Cópia e Impressão / Equipamentos informáticos:

  • Ficheiros devidamente preenchidos
  • Cópia do contrato de outsourcing de serviços de cópia e impressão atualmente em vigor
  • Declaração atestando a existência de cabimento/disponibilidade orçamental para realizar a despesa estimada
  • Contacto de responsável da área TIC e da área de Aprovisionamento
  • Envio até 15 de junho

Agregação de Comunicações de Voz e Dados / Serviço Móvel Terrestre:

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Serviço eAgenda em manutenção

O serviço eAgenda, disponível através do Portal do Utente, encontra-se em manutenção, o que poderá provocar interrupções momentâneas na disponibilidade dos serviços de marcação de consultas e de prescrição de medicação crónica.

Lamentamos eventuais incómodos  e agradecemos a sua compreensão. Seremos tão breves quanto possível.

Para qualquer questão urgente deverá entrar em contacto com o seu centro de saúde.

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Primeiros passos para o projeto e-SENS

O projeto e-SENS (“Electronic Simple European Networked Services”) teve o seu arranque a 9 de abril na Alemanha. Trata-se de um Large Scale Pilot incluído no ICT Policy Support Programme (ICT PSP), dentro do programa Competitiveness and Innovation Framework(CIP).

O objetivo do projeto é desenvolver/reutilizar uma infraestrutura de serviços públicos europeus interoperáveis com base nos projetos LSP anteriores, nomeadamente PEPPOL, eCODEX, epSOS, STORK e STORK2.0. O projeto contribuirá para suportar a criação de um Digital Single Market facilitando a entrega e utilização de serviços públicos eletrónicos.

Quem beneficiará?

  • Os estados membros receberão soluções técnicas para criar serviços públicos interoperáveis e eficientes.
  • A indústria acederá a soluções open source a serem utilizadas nos seus processos de negócio.
  • Os cidadãos terão os benefícios da utilização destes serviços públicos ao melhorar a liberdade de circulação, viver e trabalhar dentro do EU.

O papel da SPMS? A SPMS participa no projeto como membro do Consorcio Nacional liderado pela AMA. O projeto teve o seu kick-off no início de abril e contou com a participação de todos os Estados Membros envolvidos.

Para mais informação: www.esens.eu

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Centro de Suporte comemora um ano de funcionamento intenso

Mais de 4 mil tickets analisados e resolvidos por mês, com suporte a 90% das aplicações a funcionar no sector da saúde. São os números que se destacam no balanço de um ano de funcionamento do Centro de Suporte que a SPMS dinamizou desde maio de 2012.

O trabalho garantido pela estrutura de apoio,  a funcionar a partir do Porto, tem conseguido dar resposta à maioria dos problemas colocados pelos profissionais e pelos utentes.

Neste mês em que comemora um ano, o Centro de Suporte passa a garantir também o suporte ao projeto epSOS.  

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Desmaterialização eletrónica arranca em Ponte de Lima e Setúbal

A nova aplicação PEM (Prescrição Eletrónica de Medicamentos), desenvolvida pela SPMS, está a ser testada desde o dia 8 de abril, na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE , designadamente nas unidades de saúde de Ponte de Lima, sendo este o primeiro momento calendarizado para a implementação do programa da desmaterialização eletrónica da prescrição, dispensa e conferência de medicamentos.

No início de maio, no dia 2, o piloto foi alargado à região de Setúbal, onde está a já a ser testado nos centros de saúde de Setúbal e de São Sebastião. 

As experiências no terreno visam testar a nova aplicação e a autenticação forte com o uso do Cartão de Cidadão, e tem contado com a colaboração dos médicos das regiões-piloto, que já utilizam a nova prescrição no dia-a-dia. Na primeira semana de operação, em Ponte de Lima, foram corrigidas as principais anomalias, estando neste momento estabilizada a integração com o SAM (Sistema de Apoio ao Médico).

Apesar das dificuldades iniciais, a SPMS contou com a motivação e perseverança dos médicos das unidades piloto, que demonstraram um total empenho e apoio ao projeto. Destaca-se a participação do Dr. Eloy Boo, imprescindível na resolução dos diferentes problemas, na comunicação com os colegas no terreno e na sugestão de melhorias à aplicação.

As equipas da SPMS mantiveram-se no local, apoiando os profissionais sobre as novidades introduzidas pela ferramenta, juntamente com a equipa da ULSAM, que preparou todas as unidades para este arranque em tempo record. Lucinda Vasconcelos, responsável pelo Departamento de Sistemas de Informação da ULSAM sublinha a “importância” do projeto, considerando-o uma “inovação que servirá de veículo para uma redução de custos de forma efetiva e que contribuirá decisivamente para a eliminação da fraude”.

Farmácias participam na fase da dispensa eletrónica Para completar o circuito eletrónico do medicamento, a dispensa eletrónica entrou em funcionamento em quatro farmácias de Ponte de Lima na semana de 21 de Abril, com objetivo de testar o processo de dispensa, assim como o funcionamento da faturação eletrónica e conferência no Centro de Conferência de Faturas. Estas farmácias já consultam a receita de medicamentos, com base no Cartão de Cidadão do utente e do código de acesso, sem necessidade do papel da receita. 

A prestação é validada no momento da dispensa e a venda é comunicada para o sistema central, através da integração com os serviços disponibilizados pela SPMS. Estas funcionalidades permitem a conferência da prestação no momento da dispensa, permitindo corrigir situações anómalas que só seriam conhecidas, mais tarde, no processo de conferência tradicional.  

As prestações eletrónicas validadas, ficam automaticamente conferidas. A fatura eletrónica será comunicada no final do mês para o Centro de Conferência de Faturas, por forma a fechar o circuito do medicamento.

Estas experiências piloto, que prosseguem durante o mês de maio, são avaliadas como essenciais por Raquel Deveza da SPMS – “É importante a realização no terreno deste tipo de pilotos pois permite-nos obter diversos dados sobre o comportamento dos sistemas, o impacto nos diferentes utilizadores, médicos, utentes e farmacêuticos e perceber qual a sua aceitação, por forma a incluir os ajustes e melhorias necessárias para avançar para a desmaterialização da receita com segurança. O apoio dos profissionais do ULSAM tem sido imprescindível para conseguirmos afinar todo o processo, o qual muito agradecemos”.

A PEM é uma aplicação de carácter universal, dotada dos novos parâmetros de prescrição legislados pelo Ministério da Saúde:

  • inclui as novas regras de prescrição por DCI (Denominação Comum Internacional);
  • permite o acesso ao Resumo Clínico do Utente, sendo possível ao médico consultar a medicação habitual e crónica e as alergias e reações adversas registadas no histórico do doente. É ainda possível ao prescritor consultar o historial de prescrições do utente;
  • a aplicação inclui o acesso às Normas de Orientação Clínica de prescrição publicada pela Direção-Geral de Saúde;
  • a PEM vai substituir a funcionalidade de prescrição existente no SAM (Sistema de Apoio ao Médico);
  • é possível a integração da ferramenta da SPMS com os sistemas clínicos existentes;

A PEM traz ainda melhorias substanciais ao nível da segurança. Por exemplo, a existência da identificação do prescritor é verificada através do Portal de Requisição de Vinhetas e Receitas. A ferramenta permite ainda a utilização do Cartão de Cidadão como meio de autenticação e está em curso a possibilidade de incorporar o novo Cartão da Ordem dos Médicos, também como meio para a autenticação forte.

Está também no seu horizonte a implementação da assinatura da receita através da assinatura qualificada do CC e do Cartão da Ordem, garantindo a autenticidade e não repúdio da prescrição.  

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Piloto do SONHOv2 arrancou com sucesso em Santarém

O primeiro piloto da nova versão do SONHO, o principal sistema de gestão administrativa hospitalar, arrancou no dia 23 de março, no Hospital Distrital de Santarém. A implementação deste projeto, pelo impacto previsto, implicou um trabalho exaustivo de preparação, tanto da parte da SPMS, como do Hospital.

Considerando a abrangência da aplicação, número de utilizadores em simultâneo e complexidade das integrações envolvidas,  é possível classificar a experiência como “um sucesso”. No entanto,  por se tratar de um piloto, existe ainda a necessidade de introduzir correções e melhorias prévias ao arranque da próxima unidade hospitalar.

A nova versão do SONHO visa responder aos constrangimentos sentidos pelas unidades hospitalares, resultantes da obsolescência da atual aplicação, nomeadamente problemas de processos nas bases de dados, dificuldades de integração com outros sistemas, problemas de vulnerabilidade e de segurança da informação.

Por forma a assegurar capacidade de evolução para novas funcionalidades e escalabilidade, esta nova versão comporta:

  • Migração tecnológica para Oracle Database 11g R2, forms e reports, garantindo maior alinhamento com a generalidade de aplicações no mercado;
  • Desenvolvimento de uma nova camada de integração (service oriented);
  • Disponibilização de uma BD de Reporting, a partir da qual se podem obter relatórios de gestão, retirando carga da BD operacional;
  • Novas pequenas funcionalidades, como a possibilidade de utilização do cartão de cidadão na identificação do utente.

A concretização do projeto envolve a colaboração de três unidades hospitalares-piloto: Hospital Distrital de Santarém, Hospital Garcia de Orta e Centro Hospitalar do Porto, bem como de outras instituições enquanto “consultores”, como é o caso do Hospital de São João, no Porto, e do Centro Hospitalar Lisboa Central, em Lisboa.

A colaboração destas entidades foi determinante na especificação das optimizações funcionais introduzidas e na realização de testes à solução. O piloto do SONHOv2 encontra-se atualmente em fase de estabilização da aplicação, avaliação e introdução de melhorias e preparação dos arranques no Hospital Garcia de Orta e no Centro Hospitalar do Porto.

A SPMS está a planear o roll out para as restantes unidades hospitalares, tendo por base o interesse e urgência manifestada (e avaliada), bem como a capacidade de implementação disponível.

Os interessados em obter mais esclarecimentos poderão contactar a gestão do projeto, através do email patricia.mendes@spms.min-saude.pt.  

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