O Auditório do Hospital Distrital de Santarém acolheu um evento promovido pela SPMS, no dia 12 de dezembro, para assinalar a implementação pioneira do Sistema de Cuidados de Saúde (S3) na Unidade Local de Saúde da Lezíria (ULS Lezíria).
A ULS Lezíria é a primeira do país a adotar o S3, uma solução tecnológica centrada no utente, que revoluciona a gestão clínica e administrativa, garantindo a partilha dos dados em toda a ULS.
“A vontade de fazer mais e melhor e o esforço conjunto de todos os profissionais têm permitido ultrapassar obstáculos e atingir metas relevantes, como a que hoje assinalamos”, sublinhou a presidente do Conselho de Administração da SPMS, Sandra Cavaca, na sessão de abertura.
Rui Santos, diretor de Sistemas de Cuidados de Saúde, SPMS, apresentou as funcionalidades do S3
Concebido para aumentar a eficiência, promover a integração de cuidados e modernizar os processos internos das unidades locais de saúde e de outras entidades do SNS, o S3 é uma solução inovadora que proporciona uma experiência mais eficiente e centrada no utente.
Na sua intervenção, a dirigente da SPMS destacou algumas das vantagens desta nova ferramenta. “Traz-nos maior fiabilidade e rapidez e conduz-nos a uma série de inovações tecnológicas que simplificam os processos e garantem um serviço mais eficaz”, salientou.
O evento contou com a participação de profissionais da ULS Lezíria, tendo sido uma oportunidade para conhecer os principais benefícios e impactos do S3 nos cuidados de saúde prestados na região de Santarém.
Para Sandra Cavaca, “o sucesso deste projeto deve-se, sem dúvida, à dedicação e à colaboração entre as equipas da ULS Lezíria e as equipas da SPMS”.
A SPMS, EPE procedeu à publicação do Concurso Público Internacional para a formação de Acordo-Quadro com a referência n.º 961/2024, para fornecimento de medicamentos diversos na área da saúde, tendo o mesmo entrado em vigor no dia 13 de dezembro de 2024.
Incluindo medicamentos de várias áreas terapêuticas, os acordo-quadro de medicamentos diversos procuram dinamizar a concorrência e espelhar a realidade do mercado, permitindo a entrada de novos operadores económicos, no período em que o AQ da área terapêutica específica ainda não necessita de ser renovado no teu todo.
Neste Acordo-Quadro constam fornecedores qualificados para o fornecimento dos bens em apreço, disponibilizando à área da saúde um instrumento de contratação transparente que promove a racionalização da despesa bem como a eficiência operacional pela desburocratização e melhoria contínua na tramitação procedimental.
O Conselho de Administração da SPMS deseja Boas Festas a todos/as os/as profissionais do Serviço Nacional de Saúde e das entidades do Ministério da Saúde.
Queremos expressar o nosso especial agradecimento pela colaboração com as nossas equipas ao longo de 2024, um ano marcado por tantos desafios e conquistas na via rápida da transição digital na saúde.
Neste período de reflexão, reafirmamos o compromisso de transformar desafios em oportunidades, com estratégia, inovação, rigor, dedicação e transparência. Compromisso com as instituições, os profissionais, os utentes e a sustentabilidade do SNS.
Olhamos para 2025 com esperança e confiança em todos/as aqueles/as que, diariamente, trabalham em prol de um SNS mais justo, inclusivo, equitativo e humano.
Em nome da família SPMS, os nossos sinceros votos de um Feliz Natal e de um Ano Novo cheio de Saúde. Continuaremos juntos em 2025!
Sandra Cavaca | Presidente do Conselho de Administração, SPMS Luís Miguel Ferreira | Vogal Executivo do Conselho de Administração, SPMS Nuno Costa | Vogal Executivo do Conselho de Administração, SPMS
O Plano de Curto Prazo de Melhoria do Acesso a Cirurgia Não Oncológica visa melhorar o acesso e a resolução das listas de espera cirúrgicas fora dos tempos máximos de resposta garantidos. A operacionalização é garantida pelo Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, através da “Transferência de Responsabilidade por Protocolo”.
O acesso atempado aos cuidados de saúde é considerado uma medida urgente, como tal declarada no Plano de Emergência e Transformação da Saúde (PETS), de 29 de maio de 2024. Em particular, o acesso tempestivo dos doentes aos cuidados cirúrgicos programados representa uma preocupação e uma obrigação acrescidas.
Aprovado pela Portaria n.º 305/2024/1, de 27 de novembro, o Plano de Curto Prazo de Melhoria do Acesso a Cirurgia Não Oncológica é estratégico para melhorar o acesso de curto prazo de resolução das listas de espera cirúrgicas fora dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG).
Estipula um regime excecional, em concreto, para a recuperação da atividade assistencial cirúrgica, com recurso aos setores social e privado, quando esgotada a capacidade de resposta nas unidades de saúde hospitalares públicas. O programa será monitorizado pela Unidade de Gestão do Acesso, da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).
Transferência de Responsabilidade por Protocolo
O Plano de Curto Prazo de Melhoria do Acesso a Cirurgia Não Oncológica destina-se à resolução da lista de espera nacional – elaborada com base na avaliação do grupo de trabalho do PETS -, aplicável à recuperação da atividade assistencial dos utentes que se encontrem inscritos em lista de espera cirúrgica não oncológica fora dos TMRG estipulados pela Portaria n.º 153/2017, de 4 de maio. A lista é passível de transferência para entidades dos setores social e privado. O procedimento de adesão é definido pela ACSS.
O Sistema Integrado de Gestão da Lista de Inscritos para Cirurgia (SIGLIC), desenvolvido pela SPMS, garante a operacionalização do processo através da “Transferência de Responsabilidade por Protocolo”. O objetivo geral passa por promover a celeridade no acesso a cirurgia, agilizando alguns processos e acelerando os tempos próprios do SIGIC (nomeadamente a não emissão de vale de cirurgia para a transferência de utente).
Ação de sensibilização e de reflexão, o Dia Digital e Telessaúde destina-se aos profissionais de saúde e visa fomentar a adoção dos novos modelos de atendimento e prestação de cuidados. Trata-se de uma iniciativa promovida pela SPMS, que está a percorrer o país.
O Dia Digital e Telessaúde é uma ação de sensibilização e um espaço de discussão, em que os profissionais de saúde perspetivam a adoção dos novos modelos de atendimento e prestação de cuidados à distância. Chegar à inclusão destes serviços de atendimento e interação com o utente, de forma digital e estruturada, na carteira de serviços das entidades de saúde, é o principal objetivo deste dia.
Trata-se de uma iniciativa proposta pela SPMS e resulta do envolvimento e intervenção das suas equipas multidisciplinares, que, na sua essência, procuram incorporar a tecnologia da saúde nas práticas diárias dos profissionais, com vista à otimização dos serviços de saúde oferecidos às populações.
A iniciativa procura envolver todas as entidades de saúde a nível nacional, abrangendo todos os níveis de cuidados. Ao longo de 2024, doze Unidades Locais de Saúde (ULS) e o Instituto Português de Oncologia de Coimbra já organizaram, com o apoio da SPMS, o Dia Digital e Telessaúde, envolvendo mais de mil profissionais. Até ao final do ano, deverá chegar a mais três entidades.
Dirigido essencialmente aos profissionais, procura clarificar a utilização das plataformas digitais e de telessaúde desenvolvidas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), tal como a Live, para a realização de teleconsulta, ou a Plataforma de Telecuidados, destinada à telemonitorização e telerreabilitação. Possui ainda uma componente informativa e demonstrativa destas plataformas, na visão do utente.
A partilha e o enriquecimento de conhecimento, de aprendizagens e de discussão em torno das potencialidades do digital e da telessaúde são outras vantagens que esta ação proporciona.
Cada evento destacou as possibilidades oferecidas pela digitalização e a telessaúde, desde consultas remotas à monitorização de doentes crónicos, e demonstrou como as ferramentas digitais podem otimizar o acesso e a eficiência nos serviços. Testemunhou, ainda, o compromisso contínuo destas entidades com a transformação digital e a melhoria dos cuidados de saúde.
O interesse demonstrado e o agendamento de novos eventos para 2025 demonstram o sucesso desta iniciativa, bem o compromisso das unidades de saúde e da SPMS para com a inovação e a inclusão, preparando o sistema de saúde para os desafios do futuro. Refletem, também, a confiança no impacto positivo destas iniciativas para a inovação e modernização do SNS.
O e-Agenda apresenta tecnologia inovadora no sistema de marcação de consultas online, traduzindo-se em maior fiabilidade, rapidez e simplificação de processos. Para o utente, melhora a experiência e disponibiliza um serviço mais eficiente, abrangendo todas as unidades de saúde do país.
Consulta de vagas disponíveis em tempo real, infraestrutura modernizada e processos simplificados, bem como melhoria na monitorização, controlo e escalabilidade, são as inovações tecnológicas que o e-Agenda traz. Disponível desde novembro, é uma mudança significativa no sistema de marcação de consultas online.
O e-Agenda permite aos utentes a marcação de consultas não urgentes na sua unidade de saúde, mediante disponibilidade de vagas dos profissionais. Se antes a marcação era assíncrona, agora permite ver as disponibilidades de agendamento em tempo real, assegurando a confirmação imediata da marcação da consulta.
Através da consulta de vagas em tempo real, o processo torna-se mais célere e fiável, sobretudo pela eliminação de procedimentos assíncronos. Com o e-Agenda, a consulta de vagas deixa de depender de procedimentos de sincronismo.
Atualização tecnológica melhora a eficiência do serviço
Esta evolução foi possível graças ao desenvolvimento do Sistema de Dados Mestre (SDM), que veio substituir o Sistema Integrado de Informação de Prestadores (SIIP), garantindo que os dados dos utentes se encontram atualizados, detalhados e disponíveis em tempo real, nas unidades de saúde nas quais estão inscritos.
A nova infraestrutura tecnológica permite assim um controlo completo da aplicação. Além disso, com a eliminação da sincronização prévia de dados, o processo de marcação torna-se mais eficiente, garantindo a integridade e precisão das informações em tempo real.
Por outro lado, com a simplificação dos processos e a nova infraestrutura, a monitorização dos pedidos de consulta torna-se significativamente mais eficiente. O e-Agenda permite um controlo mais rigoroso dos pedidos de marcação, assegurando uma gestão mais eficaz e a rápida identificação de possíveis problemas ou falhas no sistema.
Além disso, a nova infraestrutura é escalável, ou seja, tem capacidade de responder a um número crescente de pedidos, permitindo que o e-Agenda acompanhe o crescimento do número de utilizadores e continue a prestar um serviço ágil e seguro.
Prova disso é o aumento expressivo do número de marcações de consultas. No período entre 12 de novembro e 11 de dezembro de 2023, realizaram-se perto de 20 mil agendamentos online. Já com a nova versão, no período homólogo de 2024, o número duplicou, ultrapassando as 41 mil marcações de consultas não urgentes.
A tecnologia implementada é também utilizada no projeto “Ligue Antes, Salve Vidas”, quando a consulta nos Cuidados de Saúde Primários é marcada pelo enfermeiro do SNS 24, depois de o utente ligar para o 808 24 24 24, ou quando a consulta é marcada pelos assistentes administrativos do hospital, se o utente for triado com pulseira azul ou verde.
Para o utente, a marcação de consultas continua a ser feita através da Área Pessoal do SNS 24, onde deve escolher a opção “Preciso de… Consultas para mim” ou “Preciso de… Consultas para outros”.
O sistema e-Agenda tem ainda novas tipologias de agendamento que, gradualmente, estão a ser disponibilizadas a nível nacional.
Tem uma ideia construtiva e original na área da saúde, que poderá vir a beneficiar todos, mas não sabe com quem partilhar? Já existe um espaço para o “ouvir” e que promete ser um fio condutor nesta jornada de todos pela saúde digital.
O Portal InovarSaúde é um espaço dedicado à saúde e à transição digital, que quer promover a criação de ideias inovadoras, no espírito da melhoria contínua dos serviços de saúde prestados aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com ênfase nos serviços digitais.
Dirige-se a todos os cidadãos, especialmente a investigadores e inovadores, sejam eles profissional de saúde ou de outra área. Ou mesmo um utente saudável ou cuja condição de saúde o possa ter conduzido por uma jornada onde encontra desafios físicos, que o digital possa ajudar. Todos são incitados a colaborar.
Como? Através da partilha de ideias, com o envio de uma “candidatura espontânea”, que poderá ser feita a qualquer momento, ou através de uma candidatura a um concurso específico (sujeito a abertura de concurso). Mas há mais: a sua ideia será analisada e avaliada pela originalidade, impacto, viabilidade técnica e financeira, exequibilidade, qualidade, potencial e… poderá ser premiada.
No Portal InovarSaúde encontrará ainda uma ampla variedade de conteúdos que abordam os avanços recentes em saúde digital. Enquanto utilizador do Portal, poderá também fazer um pedido de dados para efeitos de investigação, relacionados com a saúde, traduzindo-se numa medida inédita que facilitará, ainda mais, o acesso à informação sobre a saúde em Portugal.
A SPMS, EPE procedeu à publicação do Concurso Público Internacional com a referência n.º 1047/2024 – Acordo-quadro para fornecimento de contracetivos orais, profiláticos e mecânicos na área da saúde, tendo o mesmo entrado em vigor no dia 12 de dezembro de 2024.
Este acordo quadro engloba os diferentes métodos de contraceção disponíveis, para assegurar a liberdade de escolha, a individualização e a segurança na escolha contracetiva. Entre eles, os dispositivos intra-uterinos, medicamentos de contraceção oral, preservativos.
Neste acordo-quadro estão estabelecidas as obrigações e a relação entre os prestadores qualificados para o fornecimento dos serviços em apreço e o Serviço Nacional de Saúde.
No âmbito do programa europeu TAIEX TSI, a SPMS acolhe a visita de uma comitiva da Hungria, entre os dias 10 e 11 de dezembro, em Lisboa. Tem como objetivo principal a partilha de conhecimento sobre os sistemas de informação no domínio da saúde, especialmente sobre a estratégia de transformação digital centrada na interoperabilidade.
No primeiro dia da visita, esta terça-feira, realizaram-se várias apresentações sob o tema “A Transformação Digital”, abordando tópicos relevantes como o sistema de saúde em Portugal, o modelo de governação da SPMS e o seu papel na Europa e em Portugal, a transformação digital e o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), entre outros projetos focados na saúde digital.
O segundo dia dará foco ao tema da “Interoperabilidade e Semântica nos sistemas de saúde” e à estratégia a adotar, destacando-se a visão para o Registo de Saúde Eletrónico (RSE), interoperabilidade, desafios e regulamentação.
Na SPMS, a comitiva da Hungria foi recebida por Nuno Costa, vogal executivo, por Sara dos Santos Fernandes e Rafael Almeida, diretores, por Maria Cortes Ferreira, Filipe Mealha e Jessica Domingues, coordenadores, e por Sara Russo.
A comitiva da Hungria é composta por Róbert Láng, Ministro da Economia, por Gabriella Pál, Responsável pela Unidade e-Health do Ministério do Interior, por József Kun, da Direção-Geral Nacional dos Hospitais, Departamento de Segurança do Doente e Metodologia e por responsáveis da ESZFK eHealth Service and Development Centre (empresa estatal), entre outras entidades.
O Technical Assistance and Information Exchange instrument (TAIEX) é um instrumento da Comissão Europeia que apoia administrações públicas na aplicação da legislação da UE e na partilha de boas práticas, oferecendo assistência técnica e conhecimentos especializados para responder a necessidades de curto prazo.
O TAIEX – Instrumento de Apoio Técnico (TSI) apoia os Estados-Membros da UE na implementação de reformas para fortalecer instituições, melhorar a governação e tornar as administrações públicas mais resilientes. As atividades abrangem áreas como gestão financeira, acesso ao financiamento e transição ecológica e digital.
A visita constitui uma oportunidade para fortalecer os laços bilaterais e a cooperação entre Portugal e a Hungria.
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