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SPMS reforça telessaúde com entrega de equipamentos e formação

A SPMS está a reforçar as Unidades locais de Saúde (ULS) e os Institutos Portugueses de Oncologia (IPO) com equipamentos de teleconsulta e telemonitorização, tendo por objetivo impulsionar a prática da telessaúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, deste modo, melhorar o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde.

Com um investimento inicial de 580 mil euros, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na sua componente da Transição Digital na Saúde, a SPMS tem vindo a distribuir câmaras e auscultadores, tablets, tensiómetros e glucómetros. Estes equipamentos vão garantir as condições técnicas necessárias para a prestação de cuidados de saúde à distância, capacitando as unidades para a utilização das plataformas de telessaúde do SNS, desenvolvidas pela SPMS.

Mais de 12 mil equipamentos já foram distribuídos na ULS Amadora/Sintra, ULS de São José, ULS de Santa Maria, ULS do Médio Tejo e ULS do Oeste. Seguem-se as Unidades Locais de Saúde de Loures-Odivelas, do Litoral Alentejano e do Algarve.

As unidades de saúde contam com o apoio da SPMS para a implementação de serviços, nomeadamente suporte específico para teleconsulta, telemonitorização e telereabilitação. São também disponibilizadas sessões de formação online, aos profissionais de saúde, através da Academia SPMS.

Já nos primeiros meses de 2024, as teleconsultas realizadas pela plataforma Live aumentaram mais de 240%, comparativamente com o ano passado. Este crescimento é um testemunho do reconhecimento e confiança depositados pelos profissionais de saúde e pelos utentes nesta plataforma, que integra um sistema de vídeo e de identificação inequívoca dos seus utilizadores.

Até ao final do primeiro semestre deste ano, prevê-se que fique concluída a distribuição dos equipamentos em todo o país, reforçando, assim, a capacidade tecnológica do SNS e o incentivo à utilização de soluções digitais. A telessaúde oferece comodidade, eficiência e segurança, quer para os profissionais, quer para os utentes.

Desenvolvida também pela SPMS, a plataforma Telemonitorização SNS foi alvo de um upgrade tecnológico que veio melhorar a monitorização à distância do estado de saúde dos utentes. Passou a designar-se Telecuidados SNS.

Com mais e melhores funcionalidades, permite a opção de prescrição de exercícios constantes do Plano Integrado de Telecuidados, o agendamento de sessões remotas de reabilitação e uma melhor interação entre profissionais de saúde e utentes, entre outros avanços tecnológicos.

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Entrada em Vigor | Acordo-Quadro 782/2024 – Medicamentos para afeções oculares e otorrinolaringológicas

A SPMS, EPE procedeu à publicação do Concurso Público Internacional para a formação do Acordo-Quadro com a referência n.º 782/2024 para fornecimento de medicamentos usados em afeções oculares e otorrinolaringológicas, na área da saúde, tendo o mesmo entrado em vigor no dia 03 de maio de 2024.

Os medicamentos usados em afeções oculares podem ser administrados por via sistémica ou por via tópica, estes últimos são administrados sob a forma de colírios (preparações líquidas), geles ou pomadas oftálmicas, sendo a garantia de esterilidade uma das principais exigências nas formulações para uso ocular.

São usados no tratamento de conjuntivites, glaucoma, olho seco, entre outros; e alguns são usados para diagnóstico.

Nos medicamentos usados nas afeções otorrinolaringológicas incluem-se produtos para aplicação nasal e para aplicação no ouvido (descongestionantes e para tratamento de otites, por exemplo).

Neste acordo-quadro constam fornecedores qualificados para o fornecimento dos bens em apreço, disponibilizando à área da saúde um instrumento de contratação transparente que promove a racionalização da despesa, bem como a eficiência operacional pela desburocratização e melhoria contínua na tramitação procedimental.

O procedimento encontra-se publicado e disponível em www.catalogo.min-saude.pt.

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Entrada em Vigor | Acordo-Quadro 485/2023 – Fornecimento de Bens e Serviços para diálise peritoneal

A SPMS, EPE procedeu à publicação do Concurso Público Internacional para a formação do Acordo-Quadro com a referência 485/2023 para fornecimento de Bens e Serviços para diálise peritoneal na área da saúde, tendo o mesmo entrado em vigor no dia 30 de abril de 2024.

O Acordo-Quadro permitirá a aquisição de cateteres, soluções e outros acessórios necessários para o tratamento de diálise peritoneal, bem como, a aquisição do serviço de assistência técnica essencial para a prática da diálise peritoneal em contexto domiciliário.

Neste Acordo-Quadro constam fornecedores qualificados para o fornecimento dos bens e serviços em apreço, disponibilizando à área da saúde um instrumento de contratação transparente que promove a racionalização da despesa, bem como a eficiência operacional pela desburocratização e melhoria contínua na tramitação procedimental. O procedimento encontra-se publicado e disponível em www.catalogo.min-saude.pt

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Sistema de Informação para a Morbilidade Hospitalar atualizado com nova codificação

O Sistema de Informação para a Morbilidade Hospitalar (SIMH), desenvolvido pela SPMS, foi atualizado, este mês, de acordo com a versão da ICD-10-CM/PCS de 01 de abril de 2024. Foram inseridos 40 procedimentos novos e atualizados três. Seis procedimentos foram eliminados.

O SIMH é uma ferramenta essencial para monitorizar e analisar os dados dos doentes que dão entrada nos hospitais do SNS, tendo como principal finalidade recolher, editar e agrupar os episódios de internamento e de ambulatório em Grupos de Diagnósticos Homogéneos (GDH).

O SIMH garante que cada episódio é codificado de acordo com o catálogo da ICD-10-CM/PCS, que permite registos mais detalhados e completos, facilitando a troca de informações entre diferentes instituições e países e a interoperabilidade entre sistemas de saúde.

Deste modo, permite-se exaustividade, especificidade e precisão na caracterização da morbilidade e proporciona-se condições para o estabelecimento de modelos de financiamento mais equitativos e promotores das boas práticas e da inovação clínica.

A ICD-10-CM/PCS é atualizada anualmente no dia 1 de outubro, recebendo posteriormente uma segunda atualização no mês de abril.

Consulte a última atualização: ICD-10-CM/PCS

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SPMS contribui para certificação HIMSS da ULS Alto Minho

Os desenvolvimentos implementados pela SPMS nos sistemas de informação contribuíram para a certificação HIMSS da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), um reconhecimento do alto nível de digitalização e integração dos sistemas desta organização. Os modelos em utilização são o CCMM – Continuity of Care Maturity e o EMRAM – Electronic Medical Record Adoption Model.

A evolução ao nível da Interoperabilidade (uso de standards) e dos projetos Exames Sem Papel, BI-CSP (Bilhete de Identidade dos Cuidados de Saúde Primários), SClínico CSP e Hospitalar e Área Autenticada do SNS 24 contribuiu para a maturidade da integração de cuidados e, deste modo, para o arranque do processo de certificação HIMSS da ULSAM.

Durante o workshop de início do processo de certificação, que se realizou no auditório de Santa Luzia da ULSAM, nos dias 16 e 17 de abril, foram discutidos os resultados preliminares do projeto, destacando-se os avanços na integração dos cuidados primários e hospitalares, bem como a implementação de medidas inovadoras para melhorar a segurança e a interoperabilidade dos processos. Foram, ainda, abordados os benefícios esperados para os profissionais de saúde, para os pacientes e para a instituição como um todo.

A certificação CCMM foca-se na maturidade dos processos de saúde nos cuidados primários. A certificação EMRAM é, por seu turno, um padrão internacional que avalia o nível de adoção e utilização de registos médicos eletrónicos em instituições de saúde. Ambas as certificações representam um reconhecimento do alto nível de digitalização e integração dos sistemas de saúde.

A certificação da ULSAM, pioneira no país, demonstra também o compromisso da SPMS com as diretrizes e estratégias nacionais para a modernização e simplificação administrativa na área da saúde.

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SClínico alargado a todas as unidades da ULS Santo António

Foi concluída, durante o mês de abril, a implementação do SClínico em todas as unidades de cuidados primários (CSP) da Unidade Local de Saúde (ULS) de Santo António, no Porto, trazendo benefícios acrescidos para profissionais e utentes.

O SClínico CSP apresenta mais-valias, sendo relevantes o upgrade tecnológico, as melhorias da base de dados e as novas funcionalidades, com impacto direto no desempenho dos profissionais administrativos e, consequentemente, no trabalho dos enfermeiros e dos médicos.

A versão centralizada do SClínico CSP permite, por exemplo, enviar SMS – mensagens de marcação e recordatórias – para atos nos Cuidados de Saúde Primários.

Implementado agora em todas as unidades do Serviço Nacional de Saúde, o SClínico CSP torna a prestação dos profissionais de saúde mais eficaz e eficiente, contribuindo para melhorar a assistência e o acompanhamento aos utentes.

O alargamento do SClínico CSP a todas as unidades de cuidados primários da ULS Santo António decorre da descontinuidade do software administrativo UNO. A migração de dados para o sistema de informação SClínico CSP consistiu num projeto complexo, que envolveu as unidades de saúde do Porto Ocidental onde esse sistema ainda estava implementado.

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Entrada em Vigor | Acordo-Quadro 671/2023 – Medicamentos diversos

A SPMS, EPE procedeu à publicação do Concurso Público Internacional para a formação do Acordo-Quadro com a referência n.º 671/2023 para fornecimento de medicamentos diversos, na área da saúde, tendo o mesmo entrado em vigor no dia 25 de abril de 2024.

Incluindo medicamentos de várias áreas terapêuticas, os Acordos-Quadro de medicamentos diversos procuram dinamizar a concorrência e espelhar a realidade do mercado, permitindo a entrada de novos operadores económicos, no período em que o Acordo-Quadro da área terapêutica específica ainda não necessita de ser renovado no teu todo.

Neste Acordo-Quadro constam fornecedores qualificados para o fornecimento dos bens em apreço, disponibilizando à área da saúde um instrumento de contratação transparente que promove a racionalização da despesa, bem como a eficiência operacional pela desburocratização e melhoria contínua na tramitação procedimental.

O procedimento encontra-se publicado e disponível em www.catalogo.min-saude.pt.

Notícias | Somos + Saúde

5 razões para notificar incidentes de cibersegurança

O ethos subjacente a uma cultura de segurança tem que ver com estar “todos juntos nisto”. Vamos fazer a nossa parte.

A notificação de incidentes assume-se como um elemento fulcral em cibersegurança, pois é uma oportunidade de diminuir o tempo de resposta e impedir a sua escalada, com vista a mitigar consequências e impactos mais danosos.  

Assim, a redução de danos causados por um ataque de cibersegurança começa pelo reconhecimento de que um incidente está a ocorrer, destacando-se o papel crítico e fundamental dos utilizadores.

Apesar de o email corporativo do MS/SNS contemplar várias medidas de segurança proativas, a verdade é que as campanhas maliciosas são cada vez mais sofisticadas e estão constantemente a evoluir. Cerca de 80% dos ataques de cibersegurança continuam a decorrer do roubo de credenciais, muitas vezes originado por tentativas bem-sucedidas de phishing[1].

Reporte sempre emails e mensagens que lhe pareçam estranhas e desconfie de remetentes com endereços estranhos, links, solicitações urgentes, erros gramaticais ou escritas em português incorreto. O reporte é ainda mais crítico se, por exemplo, tiver clicado em links e partilhado informação!

De forma resumida, apresentamos-lhe 5 razões para notificar um incidente de cibersegurança:

  1. Eficácia na resposta a incidentes: a rapidez na notificação permite às equipas uma resposta ágil e eficaz, com vista a conter o incidente e a mitigar ou resolver os seus impactos;
  2. Cooperação com outras organizações: as organizações partilham informações relevantes entre si e com outras entidades (tais como fornecedores de serviços), permitindo assim a cooperação e a minimização do risco. Deste modo, contribuímos para uma comunidade de segurança com maior resiliência. Isto é particularmente importante no setor da saúde, pois temos um sistema altamente interconectado;
  3. Conformidade legal: a notificação de incidentes de impacto relevante ou substancial e de violações de dados constituem obrigações legais e exigem o cumprimento de prazos e formalidades pelas organizações;
  4. Melhoria contínua: com o reporte, promove-se a melhoria contínua das práticas de cibersegurança, através da identificação de vulnerabilidades e implementação de medidas corretivas e preventivas adicionais;
  5. Confiança e transparência: a notificação de incidentes realizada de forma transparente evidencia uma responsabilidade e uma preocupação com a segurança da informação e dos dados que a organização possui, contribuindo para uma cultura de confiança com todas as partes interessadas.

***O reporte de incidentes deve ser realizado ao seu departamento de cibersegurança ou de informática. Em alternativa, pode enviar um email para a equipa de resposta a incidentes de cibersegurança da SPMS: csirt@spms.min-saude.pt.****


[1] Phishing é um método que visa enganar as pessoas para que partilhem palavras-passe, números de cartões de crédito e outros dados sensíveis, muitas vezes através de links, utilizando o nome de uma empresa ou até de uma pessoa de confiança, num e-mail, SMS ou chamada telefónica.

Notícias | Somos + Saúde

Ligue Antes, Salve Vidas – Uma mudança radical

“É urgente garantir que as pessoas são tratadas a tempo e no serviço certo. E o projeto Ligue Antes, Salve Vidas está a responder a este problema.”

O Serviço Nacional de Saúde apresenta excelentes indicadores. Mas quando olhamos para a utilização dos serviços de urgência, temos uma situação chocante. É urgente garantir que as pessoas são tratadas a tempo e no serviço certo. E o projeto Ligue Antes, Salve Vidas está a responder a este problema. Os resultados obtidos no primeiro mês de implementação apontam já para uma mudança radical no comportamento das pessoas.

Há três pontos fulcrais para a implementação do Ligue Antes, Salve Vidas. Primeiro, a mudança da própria cultura organizacional e a motivação dos profissionais, segundo, a articulação com os cuidados de saúde primários e, terceiro, a comunicação com os utentes. E há duas premissas que ajudam: cobertura integral por médico de família e bons indicadores de acesso a consulta e cirurgia, o que implica trabalho de fundo.

Há ainda que falar com clareza sobre um dos principais desafios com que nos confrontamos diariamente: os recursos humanos. Trabalhar numa Urgência implica muito sacrifício pessoal e exige motivação. É muito frustrante, para um profissional, dedicar um turno de 12 horas a questões de saúde que deveriam ser resolvidas noutros níveis. Se queremos reter os melhores profissionais, é altura de lhes darmos mais condições de trabalho, garantindo que nas Urgências salvam vidas.

Uma história com seis anos

Em 2018, mesmo sem enquadramento legislativo, com ferramentas de suporte amadoras e com um número de vagas limitado, foi implementado, em Barcelos, um modelo de referenciação assente em alguns dos mesmos pressupostos. Em 2020 foi implementado, com algumas modificações, no CHVNGE (Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho).

Em 2023, foram sinalizados, na triagem, 5.145 utentes com critérios para referenciação inversa, tendo 18,5% aceitado o encaminhamento para os cuidados de saúde primários (CSP). A satisfação e a eficácia ficaram demonstradas em questionário realizado telefonicamente, com 79% dos utentes contactados a garantir que, no futuro, com o mesmo problema, iriam diretamente aos CSP. Estes resultados obtidos em 2023 deram-nos a confiança para avançar, em 5 de março de 2024, com o projeto Ligue Antes, Salve Vidas.

Mudança da cultura é prioritária

O projeto Ligue Antes, Salve Vidas foi montado de forma segura, conquistando as nossas equipas para a mudança. A prioridade foi mudar a cultura da própria organização, para apagar a visão da urgência como porta de entrada no SNS.

Foram criadas consultas abertas da especialidade de Medicina Interna, para as quais o médico de família pode referenciar diretamente doentes que necessitem de observação em 48 horas. Contamos alargar esta resposta a outras especialidades para as quais se identifica um universo relevante de situações de doença aguda que não requerem observação no Serviço de Urgência e que devem ter uma resposta, em 48 horas, em ambulatório programado. Deste modo, reduz-se ainda mais o recurso à Urgência e promove-se a integração de cuidados.

Assumimos o risco de pôr o telefone de ligação ao SNS 24 no exterior da Urgência e preparámos as nossas equipas para, vestindo (literalmente) a camisola do projeto, acolher os utentes. Escolhemos uma imagem da campanha, nomeadamente do Padre Albino, nosso capelão, para melhor passar a mensagem.

Referenciação pelo SNS 24 sobe 5 vezes no primeiro mês

Em 2023, antes da implementação do projeto, 62% dos atendimentos na Urgência Geral correspondiam a utentes sem referenciação prévia e 6% a referenciação pelo SNS 24. Mas a mudança foi radical no primeiro mês de implementação do projeto, com 29% dos utentes a serem referenciados pelo SNS 24 e apenas 33% dos utentes a entrarem sem referenciação prévia.

No que concerne à Pediatria, esta evolução foi ainda mais vincada. Se antes, 80% dos utentes não apresentavam referenciação prévia, com o projeto, este número desceu para cerca de 37%. A taxa de utentes referenciados pelo SNS 24 passou de cerca de 8% para perto de 48%.

Entre 5 de março e 5 de abril, foram disponibilizadas 4.121 vagas e agendadas 3.580 consultas de doenças agudas nos cuidados de saúde primários, com proveniência do Serviço de Urgência e do SNS 24.

E o projeto continua a crescer. Esta semana concluímos a instalação de um quiosque eletrónico, uma solução que agiliza o check-in dos utentes e dispensa a ida ao balcão.

Algoritmo dá segurança ao projeto

Mas os números apontam ainda para outra realidade.  A média diária de atendimentos na Urgência Geral de Adultos aumentou para 392 no primeiro mês de implementação do projeto, que compara com 386 em 2023 e 341 nos primeiros dois meses deste ano. Relativamente ao número de triagens com cor verde ou azul, fixou-se numa média diária de 99, abaixo dos 102 registados em 2023.

Na Urgência de Pediatria verifica-se uma situação semelhante, com uma média diária de 142 utentes, entre 5 de março e 5 de abril, contra 130 em 2023. Já o número de triagens com cor verde ou azul passou de uma média de 68 em 2023 para 61 no primeiro mês do projeto.

Ou seja, os números indicam que, apesar de mais pessoas ligarem antes para o SNS 24, o algoritmo de referenciação é defensivo e procura dar segurança ao projeto. Estamos confiantes de que a evolução do trabalho e do próprio algoritmo levará a uma diminuição do número de episódios.

Há ainda outro aspeto muito relevante. Em 41 dias de projeto tivemos 2379 pessoas (uma média diária de 58 pessoas) que ficaram em autocuidados e que, por isso, não tiveram de se deslocar. Os profissionais do SNS 24 chamaram a si estes utentes, providenciando cuidados com segurança e conforto. Esta é uma grande vitória e acredito que, com a evolução do algoritmo, o potencial de crescimento é muito grande.

População valoriza resposta dos cuidados primários

O maior desafio da implementação do projeto é assumido pelos profissionais responsáveis pelo atendimento, que dão a cara pelo projeto. Antecipando uma colossal pressão no atendimento presencial, duplicámos a presença da segurança e das forças de autoridade. Mas, na verdade, não observámos qualquer alteração do padrão de comportamento dos nossos utentes, familiares e acompanhantes.

O bom acolhimento da população deve-se, sobretudo, ao empenho das equipas e à campanha de comunicação. A confiança dos utentes tem sido reforçada pelo facto de o projeto decorrer noutras unidades de saúde, de ser muito noticiado pela comunicação social e de contar com o apoio generalizado de todos os quadrantes políticos.

Hoje, os utentes percebem que a segurança está garantida. E, sobretudo, sentem as vantagens de serem atendidos em pouco tempo, no seu centro de saúde, pelo seu médico de família.

Disponível para apadrinhar novos projetos

O diálogo com a Unidade Local de Saúde da Póvoa de Varzim/Vila do Conde, que foi pioneira neste projeto, permitiu-nos antecipar desafios e respostas. Temos recebido muito pedidos de informação de outras unidades locais de saúde e estamos disponíveis para apadrinhar a próxima a implementar o projeto.

Temos trabalhado em estreita articulação com as diversas entidades envolvidas, como a Direção Executiva do SNS e a SPMS. A tensão inicial, causada sobretudo pelos tempos de adequação dos sistemas de informação, foi sendo substituída, ao longo do tempo, pela proximidade, pelo respeito e, sobretudo, por um grande orgulho pelo trabalho desenvolvido e pelos resultados alcançados. Acreditamos que este é apenas o início de uma revolução na forma como prestamos cuidados.

Rui Guimarães, Unidade Local de Saúde de Gaia/Espinho, EPE 

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