Portugal destaca-se na maturidade em Saúde Digital com uma pontuação global de 88%, em 2024, superando a média da União Europeia (UE), fixada em 82,70%. Os dados constam no relatório “Década Digital 2025: Estudo de Indicadores de Saúde Digital”, do Digital Economy and Society Index (DESI) 2025.
Portugal superou também o valor registado em 2023 (86%), posicionando-se, assim, em 8.º lugar e acima da média da UE no que diz respeito à disponibilização do acesso aos dados de saúde aos cidadãos. O país integra, deste modo, o top 10 europeu em desempenho digital em Saúde.
O estudo avaliou o progresso dos Estados-Membros na disponibilização de registos de saúde eletrónicos. Os resultados apresentados fazem parte da avaliação do progresso da UE no âmbito do cumprimento das metas definidas para a área da Saúde, considerando o objetivo de garantir que, até 2030, todos os cidadãos da UE tenham acesso aos seus dados de saúde.

Metas da Década Digital centram-se em quatro domínios
Desenvolvido no âmbito das metas da Década Digital, o estudo abrange os 27 países da UE, bem como a Islândia e a Noruega, centrando-se em quatro domínios: acesso eletrónico para cidadãos, categorias de dados de saúde, tecnologia e cobertura, e oportunidades de acesso para determinados grupos de pessoas.
No domínio que avalia a capacidade de os cidadãos acederem aos seus registos de saúde eletrónicos, Portugal alcançou a pontuação máxima de 100%. O relatório salienta que o país conta com um serviço centralizado, disponível a nível nacional, permitindo aos cidadãos consultar digitalmente os seus dados de saúde.
Este resultado coloca Portugal em linha com a média da UE, uma vez que todos os Estados-Membros disponibilizam um serviço digital, seja a nível nacional ou regional, para facilitar esse acesso.
Quanto à disponibilização de diferentes tipos de dados de saúde por via eletrónica, o país obteve uma pontuação de 92%, mais uma vez um valor significativamente acima da média da UE (79%). Das melhorias implementadas este ano, destaca-se a disponibilização dos relatórios de alta hospitalar, agora acessíveis em tempo útil para os cidadãos. Estes relatórios incluem informações sobre o motivo da admissão, tratamento efetuado, evolução clínica, identificação do médico responsável e número de cédula profissional.
No domínio da tecnologia e da cobertura de acesso – que avalia os meios disponíveis para os cidadãos consultarem os seus registos de saúde eletrónicos, bem como a abrangência dos serviços em termos de entidades fornecedoras de dados –, Portugal regista uma pontuação de 96%, superando também a média da UE, fixada nos 85%. O relatório sublinha ainda que a grande maioria da população nacional (entre 80% e 100%) tem possibilidade de aceder aos seus registos de saúde através de portais online ou aplicações móveis, utilizando credenciais eletrónicas compatíveis com o regulamento europeu.
No domínio que avalia a oportunidade de acesso ao registo de saúde eletrónico para determinados grupos de pessoas, Portugal obteve uma pontuação de 75%, ligeiramente abaixo da média, situada nos 78%.
O relatório evidencia, assim, a evolução positiva do país no que respeita à maturidade em Saúde Digital. Com uma base sólida já construída, Portugal continua a consolidar a sua posição entre os países europeus mais avançados nesta área estratégica. Deste modo, reforça-se também o papel da SPMS na promoção da saúde digital e na garantia de um serviço de saúde mais inclusivo e eficiente para todos os cidadãos.
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