Vai ser lançado na quinta-feira, dia 25 de junho , um projeto que pretende capacitar todos os profissionais do Serviço Nacional de Saúde para a utilização de ferramentas digitais.
Criado pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), em parceria com a SPMS, o Programa de Aceleração Tecnológica na Saúde «aposta na partilha de conhecimento e boas práticas, como forma de capacitar todos os intervenientes na área da saúde para a utilização das ferramentas digitais», referem os promotores da iniciativa.
«O contexto da Covid-19 trouxe uma oportunidade única de acelerar a utilização da telemedicina como forma de combater, não só as consultas perdidas, mas também de cumprir as listas de espera e os tempos de resposta para consultas», sublinham.
Segundo dados do Portal da Transparência do SNS, as consultas de telemedicina aumentaram cerca de 35% entre janeiro e abril deste ano relativamente ao período homólogo de 2019, e só no mês de abril de 2020, aumentaram cerca de 50% face ao mesmo período do ano passado.
O projeto é dirigido a todos os hospitais e agrupamentos de centros de saúde do SNS e a todos os profissionais de saúde e de gestão e contempla uma componente formativa com módulos segmentados e dirigidos a cada público-alvo.
Para o presidente da APAH, Alexandre Lourenço, «este é o momento certo para reforçar a aposta na telessaúde».
«A pandemia impôs a utilização imediata destes recursos e, por isso, é urgente dotar todos os intervenientes das ferramentas necessárias para que possam ser utilizadas de uma forma eficaz e efetiva. As boas práticas têm que ser partilhadas, de modo a que as mais-valias sejam claras para todos», afirma Alexandre Lourenço.
Por seu turno, o Presidente da SPMS, Luís Goes Pinheiro, afirma que «o contexto atual impõe a criação de sinergias efetivas entre os atores da saúde, que permitam tirar proveito da capacidade instalada e potenciar a partilha de informação e conhecimento entre os diferentes profissionais».
Neste âmbito, sublinha Goes Pinheiro, «a tecnologia atuará como um dinamizador do encontro entre os profissionais de saúde e os cidadãos, contribuindo para a prestação de cuidados de qualidade e para a essencial equidade no acesso aos mesmos».
O programa é composto por duas mesas-redondas digitais, uma das quais visa «potenciar a colaboração em rede» e a outra «aumentar a proximidade através da telessaúde».
A segunda vertente do projeto envolve a «disponibilização, em acesso universal, na Academia Digital APAH de Programas de formação e-learning» para dotar os profissionais das ferramentas necessárias para potenciar o trabalho colaborativo e otimizar a proximidade com o cidadão através da telessaúde.
O projeto conta com o apoio da Novartis e da Microsoft, como parceiro técnico.